O cinema de Erechim lotou na noite dessa quinta-feira para a estreia do documentário Belas Artes: Ontem, Hoje e Sempre, obra que retrata a história de um dos mais importantes espaços culturais de Erechim: o Centro de Belas Artes Osvaldo Engel. Autoridades, lideranças e a comunidade em geral puderam conferir o resultado de um trabalho minucioso e sensível, que teve como objetivo homenagear e eternizar a trajetória de mais de seis décadas da instituição, que ainda hoje é referência local e regional na formação de talentos nas áreas de música, dança, teatro e artes visuais.
O diretor-geral da obra, Patrick Menegazzo, lembrou que para chegar ao filme, foram meses de pesquisas, entrevistas, filmagens e edições, tudo feito com muita dedicação e cuidado, a fim de entregar um material à altura da história do Belas Artes. E isso se concretizou, sendo confirmado pelo público que pôde prestigiar e se emocionar com o filme, que teve como fio condutor os relatos de pessoas que tiveram suas trajetórias impactadas pelo que viveram enquanto alunos ou professores da escola.
Muitos deles, inclusive, participaram da estreia e não esconderam o orgulho de fazer parte do documentário, contribuindo assim com o objetivo da obra, de divulgar, eternizar e homenagear o ‘Belas’, como é carinhosamente chamado esse importante espaço. O filme se dedicou a falar do passado, pincelando pontos importantes da história e de nomes com atuação marcante, mas também pontuando aspectos do presente, pela maneira como a escola atua em suas diversas áreas culturais. Da mesma forma, a obra projeta o futuro da instituição, que hoje atende cerca de 700 alunos e, que há muitos anos reivindica um espaço maior e melhor para desenvolver suas atividades.
“O sonho de um homem, se tornou a realidade de uma cidade”
Na voz inconfundível da atriz Patricia Pillar – que participou voluntariamente do projeto narrando o documentário – a história do Belas Artes é resumida em uma importante frase: “O sonho de um homem, se tornou a realidade de uma cidade”. Ela se refere à iniciativa de Pedro Paulo Mandelli, responsável por defender a criação de uma escola de belas artes em Erechim, há mais de 60 anos, garantindo inclusão no acesso à formação em cultura, que até então estava limitada a conservatórios particulares. Aquilo que no passado foi um sonho, hoje é, de fato, a realidade que transformou diferentes trajetórias, desde pessoas que seguiram na arte após terem aprendido ou aprimorado dons artísticos, ou mesmo aquelas que não seguiram carreira cultural, mas que são gratas ao diferencial que essa formação teve em suas vidas.
Ao término do filme, a ex-diretora da escola e professora de artes plásticas, Magda Rejane Ampessan Schneider, que inclusive participa do documentário, teceu elogios à obra, especialmente por se tratar de um trabalho feito na cidade onde o Belas nasceu e onde ajudou a formar talentos. “Esse projeto ganha uma força ainda maior quando se leva em conta que foi feito aqui, por ter sido idealizado justamente por ex-alunos. Isso demonstra que o Belas Artes cumpre o seu papel. Foi uma emoção muito grande acompanhar o filme, que é muito importante o sentido de resgatar a história da escola, e uma alegria rever ex-colegas que também deram seus depoimentos e, assim, poder relembrar de momentos tão marcantes”, disse ela.
A estreia contou com recepção especial, bate-papo com os diretores e distribuição gratuita de pipoca. A comunidade ainda poderá assistir ao filme nessa sexta-feira, e no sábado, em sessões às 20h. O ingresso é gratuito, mas precisa ser retirado antecipadamente no Movie Arte Cinema.
O projeto “Belas Artes: ontem, hoje e sempre” conta com o patrocínio das empresas: Cavaletti, Cercena, Ervateira Cristalina, Perfil e Sementes Estrela. Apoio Sicredi UniEstados, Movie Arte Cinemas e URI Erechim. O financiamento é do Pró-Cultura RS Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
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